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Komputilo

Informática: fichamentos / clippings / recortes de não-ficção. Nonfiction Litblog. Curador é Mestrando em Computação, Especialista em Governança de T.I., Tecnólogo em Redes, Técnico.

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Conduta de adolescentes em 🌐 sites de redes sociais

Resumo da Palestra TV WEB Exposição dos jovens nas redes sociais.

A palestra de 2019 do coordenador auxiliar do curso de Jornalismo da UNIP, Marco Aurélio Morrone Moretti, teve por objetivo explanar a problemática da desinformação em sites de redes sociais focando-se nos adolescentes, partindo do ponto de vista de que as redes sociais em si não são o bicho papão, elas são um reflexo do que o mundo é, separar o joio do trigo é que é a questão.

As informações trazidas são muito relevantes para profissionais da Informática, pois é necessário que tenham consciência se as tecnologias que implementam estão beneficiando ou prejudicando a humanidade, a fim de se corrigirem os rumos para que se chegue no ideal de “acesso livre/gratuito à soma de todo o conhecimento humano” apregoado pelo fundador da Wikipédia, saindo do atoleiro dos xingamentos, fake news, raids, doxxing, sectarismo, radicalismo, que imperam nas redes sociais.

A palestra é especialmente interessante para aquelas pessoas que optam em não manter contas em sites de redes sociais, como eu, pois detalha de-cabo-a-rabo grande parte do que está errado na Internet hoje. Apresento a seguir o que aprendi na palestra:

Falta de vivência

Como sabemos, por já termos sido adolescentes, falta ao jovens o filtro da desconfiança, a capacidade de saber discernir o verdadeiro do falso. A falta de vivência dos jovens, causada pelo pouco tempo de vida mesmo, desemboca em ausência da malícia que os adultos têm para notar quem está querendo manipulá-los, quem está querendo aliciá-los para um ou outro grupo político.

O jovem simplifica as ideias, enxergando só o preto e o branco, o bem contra o mal, quem está comigo e quem está contra mim: a área cinzenta que está no meio não é enxergada por eles (ainda). A tendência então é rotular tudo de forma simplista e apressada, colar um rótulo na testa dos outros pelas razões mais bobas possíveis: julgam, condenam e executam em um só movimento.

Assim, é preocupante que pessoas tão despreparadas tenham como única fonte de informação os sites de redes sociais, não lendo e não se importando com jornais, revistas, e sites noticiosos sérios e respeitados. Ignorar informação qualificada leva à falta de embasamento das informações consumidas pelos jovens, o que acarreta nos problemas apontados a seguir.

Fake news

A verdade absoluta nunca foi, e provavelmente nunca será alcançada, pois as pessoas têm diferentes pontos de vista. Porém, com o método correto de checar e apurar as informações, estas ficam mais precisas, e então é possível chegar bem perto da verdade. Os veículos de informação tradicionais erram nesse processo, com maior ou menor frequência, mas no caso deles temos uma fonte para a qual apontar e culpar. Mas e nos sites de redes sociais? Não se tem a menor ideia sobre quem apurou e de onde a notícia saiu, nem sequer se a pessoa de fato existe, ou se é uma conta falsa, ou mesmo um programa de computador.

Pós-verdade

Os jovens têm pressa, falta de paciência para lerem matérias grandes, extensas, assistirem vídeos longos. Isso se traduz em informações consumidas e difundidas de forma demasiadamente rápida, apressada, incompleta e equivocada, originando exageros e distorções, como uma imensa brincadeira de telefone sem fio: “Moretti não gosta de comida japonesa” vira “Moretti não gosta de japoneses”, e a partir daí descamba em “Moretti é racista”, “Moretti defende o genocídio dos japoneses”, e daí pra pior.

Trechos de informações são captadas, removidas do contexto, e espalhadas, destruindo reputações, ocasionando “linchamentos virtuais”, demissões, forçando os alvos a excluírem suas contas nos sites de redes sociais. Isso pode, e frequentemente, é feito de má-fé, com o intuito de destruir a carreira de um profissional, ou a autoestima vulnerável de alguma pessoa. Nas mãos erradas, os sites de redes sociais fomentam posturas radicais, sectarismo, ódio, separação e preconceito, como visto nas eleições presidenciais de 2018.

As pessoas perdem tempo por dias discutindo, ou inclusive brigando, por causa de matérias completamente medíocres, inócuas e irrelevantes. Não existe argumentação, debate de ideias, troca de opiniões, só xingamentos e radicalismos.

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